A Ode bate ponto aqui mensalmente recomendando as coisas que fazem nossos meses mais felizes e completos. Mas e quando chega a última semana do ano e começamos aquela retrospectiva mental dos conteúdos e artistas que nos acompanharam boa parte dos últimos 365 dias? Quais são os primeiros que apitam em nosso cérebro? Pensando com muito carinho, trouxemos os Melhores do Ano de 2023 segundo a equipe Ode - confira aqui o resultado da votação do público - e já esperamos ansiosas por um lindo 2024 cheio de música, drama e interações do mundinho K-Pop para alegrar nossos próximos 12 meses na companhia de vocês!
MELHOR COMEBACK – BOY GROUP
ORANGE BLOOD, ENHYPEN
por Tham Sanchis
Não canso de falar deles e dos dois comebacks que fizeram nesse ano e – apesar do Dark Blood ter sido um estouro – precisava passar aqui para falar que o que eles fizeram em Orange Blood é sem igual! O ENHYPEN vem transformando a cada dia que passa mais e mais a minha opinião sobre tudo e todos. Talento eles têm de sobra, mas vejo a carreira deles como um gráfico que só sobe e sobe e sobe… E nesse ano foi uma subida estratosférica! Como se não fosse o suficiente Sweet Venom, a faixa-título, ter doce de tão boa e viciante que é, eles arrasaram em todas as b-sides desse mini álbum. E dessa vez escolhi falar disso colocando o concept trailer – que falei quando indiquei esse cb mês passado – para ilustrar porquê ele é tão magnífico para mim. O choro vem na garganta toda vez que falo destes, como pode!
PRELUDE OF LOVE, CHAPTER 2: GROWING PAINS, EPEX
por Thainá M.
Fui incapaz de encontrar um mísero defeito no quinto EP do EPEX, logo, é impossível não listá-los como meus favoritos entre os comebacks dos grupos masculinos deste ano. Como disse anteriormente ao indicá-los aqui, o grupo tematiza seus trabalhos com os sentimentos juvenis e nesse o foco esteve em tudo que envolve o sabor agridoce do fim do primeiro amor. Com letras emotivas, vocais impecáveis e um caminho completo pelas fases do fim de um relacionamento, eles entregaram coesão e K-Pop perfection! Imagina não dar uma chance pra esses queridos?!
5-STAR, STRAY KIDS
por Ju Defávari
Dezembro de 2023 e ainda não consegui superar o lançamento de 5-STAR. Sempre acho que não tem como o Stray Kids se superar e eles sempre me provam errada. Depois de falar horrores sobre as mensagens e o processo criativo do grupo para o álbum, voltei pra relembrar o quanto esse projeto é lindo e especial. Entre joguinhos de palavras e rimas, entrega de gogó, bordoadas de autoestima e afagos de compreensão e pertencimento, encontrei lar na maior ~~bateção de panela do ano!
MELHOR COMEBACK – GIRL GROUP
I’VE IVE, IVE
por Thainá M.
Fiquei instantaneamente obcecada assim que ouvi Kitsch e I AM – singles promocionais de I’ve IVE – e esse estado só se intensificou ao ouvir o álbum completo – o primeiro do sexteto. Sendo uma entusiasta de tudo que elas tinham lançado até ali, as expectativas eram altas, mas foram todas superadas. Mesmo as b-sides são joias perfeitas e destaco aqui Blue Blood, Lips, Hypnosis, NOT YOUR GIRL e Shine With Me, que estiveram em loop nos meus fones por dias e dias desde o lançamento até hoje. Dessa forma, nenhum outro girl group conseguiu superar esse lançamento. Liz, eu vivo é pra te exaltar!
MELHOR MUSIC VIDEO
HEAGEUM, AGUST D
por Daniela Seles
Agust D é o pseudônimo de SUGA do BTS e é usando essa faceta que Min Yoongi, aka SUGA e Agust D, mostra um outro lado de seu trabalho. Assistindo o MV de Haegeum, somos transportados para um novo universo, mas que trazem elementos, ou personagens, de um universo já apresentado anteriormente em Daechwita, canção presente em seu segundo álbum, D-2. O vídeo de Haegeum tem como pano de fundo cenários bem cinemáticos de Bangkok, na Tailândia, além de contar com uma incrível direção de arte e colorização, uma fotografia de tirar o fôlego e, claro, uma atuação impecável de Min Yoongi. Nesse MV é explorado o dualismo moral, críticas tópico bem presente em outros trabalhos de Agust D. Com uma história que poderia ser facilmente uma obra cinematográfica, Haegeum é um vídeo narrativamente e visualmente rico. Durante os 4 minutos e 35 segundos, o MV acompanha o ritmo intenso das batidas da música e reitera as críticas que Agust D faz na letra da canção, bem como é o seu processo de libertação e amadurecimento.
WORKIN’ HARD, FUJII KAZE
por Ju Defávari
Sou uma mulher simples… Não preciso de muito pra gostar de um MV, mas quando o audiovisual me traz uma mensagem e uma narrativa bem redondinhas, pode ter certeza que vou ficar obcecada! Em Workin’ Hard, Fujii Kaze canta sobre o dia a dia do proletariado e oferece um tapinha nas costas de todos que dão o melhor de si para viver suas rotinas, enquanto transita entre ambientes e jornadas do trabalhador comum, gente como a gente, que move o funcionamento da sociedade e muitas vezes é negligenciado ou mal reconhecido. O MV é simples - sem grandes efeitos especiais ou coreografias elaboradas -, mas traz o simbolismo e mensagem perfeitos em um momento como esse em que o capitalismo e ritmo de trabalho e da economia têm consumido tantos neurônios ao redor do mundo.
MELHOR DEBUT
HOUSE OF TRICKY: DOORBELL RINGING, XIKERS
por Tham Sanchis
O xikers não foi o único grupo rookie que conquistou meu coração esse ano – porque eles me conquistaram no ano passado! Desde 2022 venho acompanhando eles, antes mesmo de seu debut, e tenho plena convicção que o deles foi o que mais marcou meu ano. Tricky House deu um jeito de se alojar na minha cabeça e não sair daqui por um segundo sequer, desde a primeira vez que escutei, no pré-debut deles, até hoje. A energia desses meninos foi algo que revigorou meu 2023, me deu vontade de viver e fez meus dias serem mais fáceis. Esse texto está vindo de uma pessoa completamente biased? Com certeza, mas se você ainda não caiu por eles é porque apenas não os viu se apresentando! E se eu fosse vocês aproveitaria e ouviria o álbum de debut inteiro logo também ;)
ASSEMBLE, TRIPLES
por Thainá M.
Mostre-me um grupo de K-Pop com uma proposta mirabolante e te mostrarei minha devoção e animação. O TripleS começou a ser apresentado em 2022, como um projeto de grupo totalmente descentralizado, onde as membros estariam em uma espécie de rotatividade de promoções, entre units e solos, entre cerca de vinte e quatro – sim, você leu certo! – integrantes. Isso por si só já me deixou de anteninhas ligadas, mas depois do debut oficial com o MV de Rising e o EP ASSEMBLE, soube que elas seriam algo grande pra mim. Fiquei obcecada por todos os lançamentos que vieram depois, com configurações diferentes de membros, e aí não teve mais para ninguém: são as rookies do ano do meu coração todinho!
8TURNRISE, 8TURN
por Ju Defávari
Não sou o tipo de pessoa que aguarda debuts. Tenho dificuldade em me sentir conectada com os artistas enquanto ainda não me conectei com a arte deles. Mas tinha algo nos teasers do 8TURN que me fizeram ficar interessada e esperar pelo primeiro álbum dos queridos. Ainda bem que minha intuição não falha e com o lançamento de 8TURNRISE e do MV de TIC TAC descobri mais um grupinho que me enche de empolgação! Cheios de energia e identidade, eles já chegaram fazendo barulho e alugando um quartinho em meu coração e nos meus Mais Ouvidos do Ano!
MELHOR SOLISTA
JUNG KOOK
por Tham Sanchis
São quase quatro anos amando esse aqui sem parar e eu tinha certeza que quando ele debutasse solo ia estremecer todos solos possíveis em todo o mundo – o do meu coração foi totalmente tomado por ele, pelo menos! O maknae do BTS fez muitos planetas ficarem de cabeça para baixo depois que lançou Seven, 3D e Standing Next To You, essa última a faixa-título de seu primeiro álbum solo Golden. Sua inspiração no rei do pop não foi nada sutil e alugou mansões e horas por aqui no repeat com todas suas músicas. Esse ano foi, de fato, o ano de Jung Kook!
CHEN
por Ju Defávari
Se eu já havia ficado surpresa que o mini álbum japonês do CHEN foi meu projeto preferido de agosto, imaginem só ao perceber, revisitando os solos do ano, que o Polaris foi um dos meus álbuns preferidos do ano todo e não poderia deixar de gritar, mais uma vez, sobre esse presente que Kim Jongdae nos deu. Meses depois e ainda sinto o mesmo siricutico no coração e arrepio no couro cabeludo que senti ao ouvir a faixa-título, Light Of My life, pela primeira vez. A mesma vontade de sair correndo e me redescobrir que senti com FREE WORLD. Que o CHEN é artista não é novidade, mas eu realmente não esperava que ele fosse salvar meu 2023 tão de mansinho assim.
MELHOR K-HIP HOP OU K-R&B
NARCISSUS, DAWN
por Tham Sanchis
Depois de ter sido arrebatada na vida de fã deste homem e ter esperado anos por um full album, ele chegou nesse ano com os dois pés na porta e tomou meu coração por completo. Narcissus é uma verdadeira obra de arte, onde DAWN despeja todos seus sentimentos em cada mero detalhe de suas composições. Mais um artista que deu tudo de si em sua faixa-título, Star (Feat. 10CM), neste ano, mas definitivamente me teve em sua mãos com suas b-sides, principalmente Seasons (Feat. GEMINI) e Fallin’ (Feat. pH-1). Difícil, para mim, é não me apaixonar por artistas que são tão sinceros e transparentes com o que sentem como ele, então a surpresa ficou na parte dele sempre se superar também.
~, MILLIC
por Thainá M.
Eu já falei desse lançamento por aqui, mas nunca será demais exaltar esse que foi um dos EP's mais especiais do meu ano e com certeza o meu favorito do K-R&B. MILLIC trouxe um trabalho sensível, profundo feito o mar que acompanha e atravessa todas as faixas e com uma seleção de intérpretes que só demonstra a excelência de seu trabalho. É um dos produtores e compositores da cena que mais respeito e admiro e que trouxe em “~” a sua faceta enquanto vocalista, o que me deixou ainda mais encantada. Esse é um trabalho que merece ser admirado e divulgado. Quem puder dar uma chance, certamente não vai se arrepender.
INVITATION, JUNNY
por Ju Defávari
Não sei em que momento JUNNY mordeu mesmo minhas canelas e chegou de mala e cuia em meu cérebro, mas parece que ele sempre esteve aqui. Todo lançamento dele me gera muita antecipação e não foi diferente com INVITATION. O single em colaboração com Gaeko foi lançado em julho e automaticamente foi parar em várias playlists minhas. A farofa, a letra, o MV, tudo contribuíram para um lançamento de sucesso que, felizmente, foi reconhecido e teve até challenge hitando por aí com vários idols dançando a faixa.
MELHOR DRAMA/BL
DEATH’S GAME (2023/EM ANDAMENTO)
por Tham Sanchis
Apesar de ainda não estar finalizado e ter sua segunda metade liberada apenas no dia 5 de janeiro, acredito que Death’s Game vai ficar marcado como um grande drama que saiu nesse ano de 2023 ainda. Com um elenco de peso, incluindo Seo Inguk, Park Sodam, Lee Jaewook, Kim Jaewook, Lee Dohyun e Oh Jungse, Death’s Game conta a história de Choi Yijae (Inguk), um homem que, sem mais nenhuma expectativa de melhora em sua vida, acaba por se jogar de um prédio. Encontra, então, no pós-morte, quem ele menos queria encontrar e nem sabia: a própria Morte (interpretada por Sodam), que implica com ele dizendo que ele foi a encontrar quando ela não o havia procurado ainda. Por isso, resolve o castigar, dando mais 12 vidas para Yijae, mas ele só tomaria o tempo necessário nelas para tentar impedir a morte iminente, nada mais que isso. Se ele conseguisse as combater, poderia viver o resto da vida naquele corpo. Mas nem preciso dizer que não seria fácil, né? A cada morte – digo, vida! – que passa, ele aprende algo que não percebe, já que vemos logo que tem uma cabeça mais dura do que imaginávamos. O que me pegou mesmo foi o assunto abordado, a delicadeza – e as indelicadezas de algumas cenas pesadíssimas – colocada em cada um, as atuações impecáveis e a veracidade dos fatos incluídos, quase um retrato do que a gente vive na realidade. Acredito que foi o único drama que me tirou o sono esse ano, então seria impossível não ser meu favorito de 2023 – e olha que eu o assisti faz apenas uma semana!
QUEENMAKER (2023)
por Thainá M.
O drama político da Netflix já ganhou uma review por aqui e com o fim do ano chegando foi impossível não deixá-lo no topo dos meus preferidos de 2023. Além de trazer temas que muito me interessam, como a dinâmica de poder entre as elites econômicas e políticas e seu jogo de interesses brutal, Queenmaker ousa ao representar um grupo quase sempre deixado de lado nas produções mainstream: os coletivos de trabalhadores e trabalhadoras, que se organizam em torno de entidades contestadoras do sistema capitalista, como sindicatos e partidos políticos. O drama é, sobretudo, sobre o poder combativo dessa organização coletiva e suas lutas para disputar o poder dentro dos limites da democracia burguesa. Completamente visceral!
MAKANAI: COZINHANDO PARA A CASA MAIKO
por Ju Defávari
No comecinho do ano, a Netflix lançou o drama japonês Makanai - Cozinhando para a Casa Maiko e eu, inocente de tudo, fui ver achando que seria só uma seriezinha conforto para começar bem 2023. Na verdade é. Mas ainda dou risada me lembrando da forma como me pegaram pelos cabelos. Acompanhando a jornada de duas melhores amigas que se mudam para uma Casa Maiko, a fim de se tornarem gueixas, me deparei com algumas das personagens e amizades mais queridas do ano! Com o tópico Cozinhar Para As Pessoas Como Demonstração De Afeto e uma energia meio found family, me peguei em prantos quando vi os créditos finais subindo. Tenho certeza de que revisitarei esse afago anualmente.
MELHOR FILME
MONSTER, HIROKAZU KOREEDA
por Daniela Seles
O filme Monster, também conhecido como Kaibutsu, do consagrado diretor japonês Hirokazu Koreeda é, sem dúvidas, uma das melhores obras cinematográficas de 2023. O filme tem como foco inicial a história da rotina de uma mãe e seu filho. Quando o menino começa a apresentar comportamentos estranhos, a mulher decide investigar a situação e descobre que o comportamento do garoto está ligado a um professor da escola onde a criança estuda. Aqui, a história começa a ganhar novas camadas e, a partir das mudanças dos pontos de vista, começamos a montar o quebra cabeça que envolve a narrativa. O filme consegue ressignificar sua própria narrativa ao longo de seus 126 minutos, uma vez que a cada ato temos acesso a diferentes pontos de vista que complementam e formam um grande mosaico que desvendam a história. Monster é certamente um filme muito intrigante e fica na mente e memória de todos que o assistem.
THE MOON, KIM YONGHWA
por Ju Defávari
Vocês vão me chamar de clubista - eu sei que sou -, mas é com toda a verdade no meu coração que digo que The Moon foi o meu filme do ano! Sim, eu sei que o D.O (EXO) está no elenco e que tem toda uma temática espaço-lua-astronautas e talvez esses tenham sido alguns dos motivos pelos quais fiquei interessada pelo filme, mas eu juro que é muito mais que isso! A atuação de D.O, impecável como sempre, combinada com o drama e emoção do roteiro deixam a gente na pontinha do sofá torcendo pra dar tudo certo nessa maluquice que é ver gente presa na lua.
MELHOR VIRAL CHALLENGE
SMOKE, DYNAMICDUO
por Thainá M.
Critérios? Bada Lee. Com os challenges, o negócio é principalmente sobre a coreografia e a capacidade da mesma viralizar, especialmente, entre nossos idols favoritos – o que aconteceu e muito com SMOKE. A bolha de fãs de K-Pop nas redes sociais, principalmente no Twitter, pareceu não curtir muito a coreografia, mas o estilo da Bada é completamente hipnótico pra mim, além disso, foi maravilhoso ver a popularidade dela crescer exponencialmente por causa da música. E se você não gostou de ver o seu favorito executando a coreografia, saiba que a genialidade de Bada Lee não tem nada a ver com isso.
FIRST SNOW, EXO
por Ju Defávari
Vamos falar sobre fazer história! No começo do mês o coreógrafo Hwang Sehun decidiu postar um challenge de First Snow do EXO e simplesmente mudou vidas! Desde então, todos os dias, pelo menos um idol ou grupo postou vídeo fazendo a coreografia ao som da faixa que tem embalado os Natais dos K-Poppers há 10 anos! Bom demais ver a indústria toda se unindo pela Magia Do Natal com uma música tão icônica e querida!
Quem apareceu no Melhores do Ano de vocês? Quais artistas deixam vocês mais empolgados para ver o que vem por aí em 2024?
Komentar